segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

"Pibidianos" discutem música e movimento com a professora Tássia

Considerando fundamental a relação entre o movimento e a música, o Pibid de Educação Física UFMT, campus Cuiabá, organizou uma roda de formação sobre o assunto com a professora Tássia.

A docente, que é apoiadora do Pibid de Música da UFMT, compartilhou com os "pibidianos" da FEF a experiência dos Pibids de Música e de Inglês, que desenvolveram trabalhos em conjunto. "Cada sala fazia uma música e culminava em um festival no qual cada música representava uma década, escolhida pelos alunos" explicou Tássia.

Segundo a professora, a intervenção pedagógica foi baseada no compositor alemão Carl Orff, teórico que associa o movimento ao som, utilizando a fala e o movimento como instrumento musical.

Tássia contou que os trabalhos do Pibid de Música nas escolas estaduais Liceu Cuiabano e Raimundo Pinheiro tinham também como referencial o músico suiço Émile Jaques-Dalcroze, teórico que trabalha com a rítmica, a qual considera o principio vital de qualquer movimento. Vivenciando antes o ritmo para depois ir para os instrumentos.

Sobre as dificuldades do professor de música desenvolver o trabalho nas escolas, Tássia disse que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) estabelece somente o ensino da Arte como disciplina obrigatória no currículo do ensino fundamental e infantil. Segundo explicou, o Ministério da Educação (MEC) entende a música como parte das artes, no sentido tradicional. No entanto, hoje o campo da arte possui profissionais formados com currículos específicos de licenciatura em música, artes visuais, dança e teatro. Não é uma única coisa.

“Existe uma lei federal que obriga o ensino da música na escola, mas a lei não obriga a necessidade de licenciatura para os professores que ministrarem as aulas. A lei não especifica se é disciplina curricular ou disciplina extracurricular, ou uma disciplina fora da disciplina de artes” afirmou a professora, dizendo ainda que “a cultura de artes visuais é muito forte e isso influencia para que o teatro e a música fiquem de lado frente à arte”.

A educadora concluiu o bate-papo formativo lembrando que a matriz curricular estabelece que o professor deva ser polivalente e trabalhar as quatro linguagens da arte: artes visuais, dança, música e teatro.


Fábio Ramirez / Pibid-FEF-UFMT

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